A noite de quarta-feira (10) no Estádio Monumental David Arellano, em Santiago, pode marcar não apenas a suspensão de uma partida, mas também a exclusão do Colo-Colo da Copa Libertadores. De acordo com o jornal chileno La Tercera, a Conmebol avalia aplicar sanções severas ao clube após a invasão de campo e os episódios de violência registrados durante o confronto com o Fortaleza, válido pela segunda rodada da fase de grupos da competição.
A partida foi interrompida aos 24 minutos do segundo tempo, quando torcedores da equipe chilena invadiram o gramado e arremessaram objetos, incluindo barras de ferro. Os distúrbios ocorreram em meio à revolta da torcida após a morte de dois torcedores, de 18 e 13 anos, atropelados por uma viatura policial do lado de fora do estádio. Ao menos dez pessoas foram presas, segundo informações do jornal.
Com base no artigo 12 do Código Disciplinar da Conmebol, clubes podem ser punidos por "qualquer outra falta de ordem ou disciplina" cometida por seus torcedores no estádio ou nas suas imediações. As penalidades previstas incluem a desclassificação de competições em andamento e exclusão de torneios futuros, além de medidas como jogos a portas fechadas, perda de pontos, proibição de uso do estádio e pagamento de prejuízos.
Entre os dispositivos citados, o artigo 6 do mesmo código prevê punições como:
A Conmebol confirmou que a retomada do jogo só será definida após análise do Comitê Disciplinar da entidade. Caso o Colo-Colo seja responsabilizado pelos incidentes, o Fortaleza poderá ser declarado vencedor da partida.
Em nota, a equipe do Colo-Colo se manifestou:
Além das possíveis sanções esportivas, o clube chileno poderá ser responsabilizado financeiramente pelos prejuízos causados e por eventuais custos da remarcação da partida, caso esta seja a decisão do comitê.
O Fortaleza aguarda o posicionamento oficial da entidade. Até a publicação desta reportagem, o Colo-Colo ainda não havia se manifestado sobre os incidentes.