O técnico Carlo Ancelotti reafirmou nesta sexta-feira (22) que permanece focado no Real Madrid e que não houve qualquer contato recente com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a possibilidade de assumir a Seleção Brasileira. Em entrevista coletiva no centro de treinamentos do clube espanhol, o treinador italiano ressaltou seu contrato com a equipe merengue, que vai até junho de 2026.
— O contrato é claro, não tenho nada a acrescentar a isso. Tenho muito carinho pela torcida brasileira e seus jogadores, mas tenho contrato com o (Real) Madrid. Meu foco total está no Real Madrid — afirmou Ancelotti.
Apesar da negativa do técnico, a CBF mantém Ancelotti como principal alvo para substituir Dorival Júnior, que deve ser demitido após a campanha irregular da Seleção. De acordo com apuração do ge, a entidade retomou contatos nos últimos dias para avaliar a possibilidade de contratação do italiano.
A relação entre Ancelotti e a CBF já teve capítulos anteriores. Em dezembro de 2023, o treinador renovou seu vínculo com o Real Madrid após rumores de conversas com a confederação brasileira. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, chegou a anunciar publicamente que o italiano assumiria a Seleção a partir de 2024, o que acabou não se concretizando.
A reeleição de Ednaldo no comando da CBF, oficializada no início da semana, reforçou a busca por um nome de peso para dirigir a Seleção Brasileira. Durante o processo eleitoral, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno chegou a cogitar uma candidatura à presidência da entidade, mas desistiu devido à falta de apoio das federações estaduais.
Ancelotti também foi questionado sobre Ronaldo, com quem trabalhou no Milan, mas negou que tenha tratado do assunto com o ex-atacante.
— Não me lembro de ter falado sobre isso (treinar a Seleção) com o Ronaldo. Nos vimos e falamos sobre muitas outras coisas, mas não disso — disse o treinador.
Com o futuro de Dorival Júnior indefinido e o nome de Ancelotti ainda distante de uma concretização, a CBF também considera outras opções. O português Jorge Jesus surge como uma alternativa viável, uma vez que sua negociação poderia ser menos complexa.
A incerteza no comando técnico ocorre em um momento decisivo para a Seleção Brasileira, que se prepara para a disputa da Copa América e para a reta final das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.